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Dia das Crianças recupera o ânimo de lojistas e fabricantes de brinquedos
A expectativa agora é setor de brinquedos mantenha o ritmo de crescimento alcançando 3% em relação ao ano passado

Com a abertura gradual devido à pandemia, as lojas tanto de shopping, quanto de rua, ficaram bastante movimentadas na Semana das Crianças
©Eduardo Santos

O movimento na Semana da Criança (leia-se fim de semana que precedeu o 12 de Outubro, feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil) foi bastante animador para os comerciantes de brinquedos de todo o país. Os fabricantes também têm muito a comemorar.

Curiosamente o setor de brinquedos brasileiro foi um dos poucos que, apesar do temor inicial de grandes perdas, passou (quase) ileso pelos efeitos da quarentena provocada pela pandemia de coronavírus.

Primeiro que o momento da realização da maior feira de brinquedos do país, a Abrin, antecedeu o anúncio oficial da pandemia e a decretação da quarentena no Brasil. Foram apenas alguns dias entre o encerramento daquele que foi um dos últimos eventos presenciais de grande porte no calendário nacional de feiras da UBRAFE (União Brasileira dos Promotores de Feiras). O evento ocorreu em São Paulo (SP) — entre os dias 8 e 11 de março, e no dia 18 do mesmo mês foi decretada a quarentena no Estado de São Paulo.

As incertezas com o fechamento das lojas tanto de rua, quanto de shopping em todo o país causou apreensão não só no setor de brinquedos, mas em tantos outros de atividade econômica e durou um longo período até que as regras de flexibilização, visando a abertura da economia começassem a movimentar de novo o comércio nas cidades brasileiras.

As indústrias, e não só as de brinquedos, também permaneceram fechadas por um longo período, o que também prejudicou a normalidade da produção local. Enquanto isso, as importações desabaram e no caso dos brinquedos, vindos da China em sua grande maioria, praticamente permaneceram paralisadas nos meses de Abril e Maio, por conta do fechamento de portos e aeroportos, por aqui e também na Ásia. O resultado é que cerca de 40% das importações deixaram de vingar, o que certo modo favoreceu a indústria nacional de brinquedos. E só não foi um ambiente perfeito, porque a queda nas importações impactou em igual proporção nos insumos, como de componentes eletrônicos para os brinquedos e outras matérias primas.

O agravamento da crise sanitária provocada pela covid-19 na indústria brasileira de brinquedos afetou a produção de forma drástica nos primeiros meses do ano também pela redução de jornada e exclusão dos trabalhadores do grupo de risco para a doença respiratória.

Com isto, tanto as indústrias do setor, quanto os varejistas tiveram que se adaptarem às novas condições impostas pela pandemia de coronavírus. O comércio lançou mão dos meios eletrônicos nos negócios, e para sobreviver apelou para o WhatsApp e quem pode ou já estava estruturado, vendeu pelo e-commerce, que chegou a ter crescimento de 434% no auge da pandemia. Não devemos deixar de lembrar que a participação do comércio eletrônico antes da pandemia era incipiente e isso explica o grande salto verificado no período. Mas também devemos ressaltar que o varejo digital veio para ficar e as compras on-line agora representam uma fatia importante no faturamento do setor e isso foi um ganho permanente.

Outra mudança de hábito dos fabricantes nacionais de brinquedos se deu na ausência das feiras regionais, muito requisitadas até então e que neste ano de pandemia, simplesmente não aconteceram.

Representantes comerciais tiveram que se desdobrar, aprender a trabalhar mais em home office, e em algumas situações atender os seu clientes até mesmo ‘no estacionamento’, pela impossibilidade de reuniões em locais fechados das empresas. Isso para não perder a oportunidade de apresentar as amostras dos novos produtos aos compradores.

Paulatinamente os shoppings, galerias e lojas de rua começaram a reabrir, mas ainda havia o desafio de convencer os consumidores que era sair de casa para efetuar as compras em locais fechados. Aos pouco eles começaram a ganhar confiança e voltaram a frequentar (tomando os devidos cuidados de segurança sanitária como uso de máscaras e mantendo distanciamento social, entre outras medidas) ambientes fechados, sendo persuadidos a acreditar que se tratava de ambiente seguro.
O que verificamos neste dia 12 de Outubro, “in loco” num shopping localizado na Grande São Paulo, é que esse mesmo consumidor está mais confiante, e foi às compras, de máscara, álcool em gel na bolsa, levou as crianças e pode presentear seus pequenos com certa tranquilidade e segurança.

O setor de brinquedos só tem a agradecer o momento mágico do brincar.

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